quarta-feira, 25 de maio de 2011

Princípios da Democracia Ateniense


O que é a democracia?

O termo ‘democracia’ decompõe-se em:
‘Demos” = Povo
‘Cracia’ = Governo

Assim, a definição etimológica  do termo democracia será: 

‘Governo do povo’.
_________

A democracia surgiu na Grécia antiga em 508 a.c.

Esta forma de governo baseava-se nos seguintes princípios:

Isocracia 

“É o ideal da igualdade de acesso aos cargos políticos. Foi usado na Grécia Antiga, assim todos os cidadãos atenienses tinham o direito e o dever de participar na vida política da Pólis. As decisões normalmente tomadas em conjunto respeitavam a vontade da maioria, pois todos tinham igual direito de voto.” wikipedia
Isocracia significa ‘igualdade no acesso ao poder’ (kratos) e implica que todos os cidadãos tenham não apenas o direito e obrigação de eleger os seus chefes, mas também que eles próprios possam vir a ser eleitos para desempenhar funções nos diferentes órgãos existentes na pólis.

Isonomia

Isonomia é o conceito mais importante, na medida em que acaba por englobar os restantes e, por isso, ocorre nas fontes antigas como sinónimo do tipo de constituição que coloca o poder no demos ou ‘povo’ (i.e. a democracia). Isonomia significa, à letra, ‘igualdade perante a lei’ (nomos). Em consequência, todas as pessoas que detêm o estatuto de cidadão devem poder gozar dos mesmos direitos previstos na lei, entendida como expressão da vida em comunidade (pólis) e que representa, por isso, a garantia de estabilidade no interior dessa mesma comunidade.

Isegoria

Isegoria, pode ser traduzida por ‘igualdade no acesso à palavra’ ou, para usarmos a expressão consagrada, ‘liberdade de expressão’. Tratava-se de uma prerrogativa fundamental para o exercício activo da cidadania na assembleia, no conselho e nos tribunais ou então, numa equivalência mais directa do termo, naquele que era o espaço por excelência da intervenção pública: a ágora.

E os Gregos anunciavam esse direito através do recurso a uma fórmula breve, cuja sonora simplicidade ainda hoje continua válida e eficaz: «Quem deseja usar a palavra?».



terça-feira, 24 de maio de 2011

Tribo da Amazónia vive sem calendários e noção do tempo e da idade



Esta é a comunidade perfeita para quem está sempre atrasado ou não gosta de revelar a idade. Cientistas britânicos descobriram uma tribo amazónica que não tem noção do tempo ou de datas. Assinalam transição para a idade adulta passando o nome para um recém-nascido.


A tribo Amondawa vive no interior da floresta amazónica, no Brasil, e não tem relógios ou calendários. A única noção do tempo passa por distinguir o dia da noite e a época das chuvas da época seca.

Como não são contados os anos, a população da tribo não tem idade e assinala a transição da infância para a vida adulta mudando de nome. Uma criança dá o seu nome a um irmão recém-nascido e assume uma nova identidade.

A equipa de investigadores, liderada pela universidade de Portsmouth, Reino Unido, afirmou que esta é a primeira vez que se consegue provar que o tempo não é um conceito humano profundamente enraizado, como se pensava anteriormente.

"Podemos dizer sem qualquer dúvida que há pelo menos uma língua e uma cultura que não tem noção do tempo como algo que pode ser medido ou contado" afirmou Chris Sinha, um dos investigadores.

"A tribo Amondawa vive num mundo dirigido por eventos e não pela passagem do tempo", acrescenta o investigador, em declarações à BBC.

Apenas descoberta em 1986, a tribo Amondawa continua a ter o mesmo estilo de vida tradicional, sobrevivendo da caça, pesca e agricultura. Tem também uma língua própria, que funciona por um sistema de números que vai apenas até ao quatro.

Chris Sinha e a sua equipa, que incluía linguistas e antropologistas, passou oito semanas com os Amondawa e tentou perceber se a linguagem da tribo assumia conceitos como "na próxima semana" ou "no ano passado".

Os investigadores concluíram que na língua Amondawa estes conceitos não existem, mas sim apenas divisões de dia e noite, épocas chuvosas ou de seca.

"Para estas pessoas, tempo não é dinheiro, não estão sempre a correr contra o relógio para terminar algo e ninguém discute sobre a próxima semana ou o próximo ano. Nem sequer têm palavras como semana, mês ou ano", refere Chris Sinha.

"Podemos mesmo dizer que os Amondawa desfrutam de uma certa liberdade", conclui o investigador.

Jornal de Notícias



23/05/2011