Filosofia 10 Teste Sumativo 1 - Correção
Professor Paulo Gomes
Grupo I
Versão 1 Versão 2
1.B 1.C
2.B 2.D
3.C 3.B
4.B 4.C
5.A 5.D
6.C 6.A
7.B 7.C
8.D 8.B
9.C 9.C
Grupo II
1. Aceitava-se uma das seguintes frases interrogativas:
- O que é a filosofia?
- O que caracteriza a filosofia?
- O que caracteriza a interrogação filosófica?
- O que é que caracteriza a atitude filosófica?
2. A filosofia é uma atividade crítica/ um saber crítico (“A face positiva e a face negativa da atitude filosófica constituem o que chamamos atitude crítica e pensamento crítico”).
3. Argumento 1 – “A primeira característica da atitude filosófica é negativa – é um dizer não ao senso comum”;
Argumento 2 – A atitude filosófica é interrogativa (“A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os factos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos (...)”;
Argumento 3 – A filosofia começa com o reconhecimento da ignorância (“A filosofia (...) começa por dizer que não sabemos o que imaginávamos saber).
As repostas dadas a seguir servem apenas para ilustrar o que se pedia no enunciado, não são respostas modelo, ou seja, são possíveis respostas diferentes que obedeçam às instruções do enunciado das questões.
4. O texto defende que a Filosofia é um saber crítico: por um lado, pressupõe uma ruptura com o senso comum "(a atitude filosófica) é um dizer não ao senso comum". Por outro lado, assenta no reconhecimento da ignorância e no questionamento sobre o que somos e sobre a realidade.
Há muitas questões que podemos colocar, no sentido de clarificar esta tese:
Em primeiro lugar, em relação à ruptura com o senso comum: em que é que consiste esta ruptura? O senso comum é um saber totalmente desprovido de sentido? Poderá haver verdade no senso comum?
O problema não está no senso comum, mas na forma como o encaramos: para vivermos a nossa vida quotidiana precisamos do senso comum, na medida em que ele nos dá informações básicas sobre o mundo em que vivemos, sobre como funcionam as coisas e os processos necessários à nossa vida (como utilizar a energia elétrica, abrir as portas, como nos orientarmos no espaço, etc.), sem essas informações não conseguiríamos levar uma vida 'normal'.
Contudo, se não saírmos desse nível de conhecimento, muito superficial, acabamos por viver numa ignorância que nos aprisiona, isto porque a realidade é muito mais complexa do que podemos imaginar à primeira vista e, também, porque o sentido da nossa vida depende do que acreditamos acerca de nós próprios e da realidade. Se vivermos mergulhados em preconceitos nunca poderemos ter uma compreensão profunda e abrangente sobre tudo (o universo, a vida, nós próprios...). É aqui que temos que romper com o senso comum: libertando-nos de preconceitos e assumindo que só através da razão (do questionamento e da argumentação) poderemos compreender o sentido disto tudo...
Nem tudo no senso comum é falso, mas se não tivermos uma atitude crítica em relação a ele, nunca poderemos, por assim dizer, separar 'o trigo do joio', a verdade da falsidade. E isso só acontece se desenvolvermos a nossa Razão, se nos tornarmos capazes de colocar questões cada vez mais profundas que nos permitam alcançar respostas cada vez mais bem fundamentadas. É aqui que intervém o reconhecimento da nossa ignorância, sem ele acabamos por achar que o nosso conhecimento é suficiente e, nesse caso, o mundo, para nós, resume-se à 'caverna' das nossas ilusões.
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