Charles Dickens, David Copperfield / 'Os gatos não têm vertigens'
Como todas as questões em
filosofia, esta é só mais uma entre várias perguntas que nos fazem pensar
intensamente no significado de cada palavra e como é que estas influenciam a
nossa vida.
Todos nós crescemos a ver e ouvir
histórias sobre os super-heróis mais famosos de sempre, desde o super-homem à
mulher-maravilha, mas neste caso a palavra “herói” não se aplica à simples
ideia de um indivíduo de capa vermelha e que estranhamente possui um poder
extraordinário.
O que levanta a questão: “O que
será verdadeiramente um herói?” ou “O que é ser um herói na realidade?”.
Será que podemos considerar um
bombeiro ou um médico um herói por salvar vidas? Talvez, porque um herói é alguém
que se dedica com tamanha convicção e vontade para alcançar os seus objectivos,
pondo de lado as suas dificuldades. É também verdade, que para ser herói não é
preciso acertar e ter sucesso constantemente, mas sim tentar sempre, pois um
herói é aquele que nunca desiste. Ser herói não é só salvar vidas, ir para a
guerra e arriscar a vida, mas é sim, todas as pequenas coisas, tal como a
simples ideia de sairmos da nossa zona de conforto e fazermos algo a que não
estamos habituados ou pensávamos que não conseguíamos fazer, realizar algo de
uma maneira diferente – Ser diferente!
O que é muito raro fazer hoje em
dia, porque fomos criados a não fazer aquilo que não estamos acostumados,
ensinaram-nos a seguir sempre o mesmo caminho – o caminho certo ou muitas
vezes, o mais fácil. E quando optamos por escolher o outro caminho, não somos
elogiados, porque é simplesmente a natureza do ser humano (na maioria das
vezes) – optando sempre pela maneira mais segura.
Mas na minha opinião, o facto de
não o fazermos é o que nos faz heróis, o facto de sermos e agirmos de forma
diferente do que os outros, arriscarmo-nos a escolher o “outro caminho”,
inovarmos na nossa maneira de pensar e ao esquecermos o que é “certo” e o que é
“errado”. Isto é o que todos os super-heróis que tanto admirávamos tinham e
talvez seja o que deveríamos optar por fazer.
Mas será que eu vou ser isso na
minha vida? Ou outra pessoa é que vai fazer isso por mim? Será que eu tenho a
capacidade de me destacar dos outros ao fugir dos modelos de sucesso já
programados e escolher o outro caminho?
Quando somos confrontados com
esta questão, o nosso primeiro instinto é sempre dizer que sim, pois
acreditamos em nós próprios e nas nossas capacidades, mas ao pensarmos cada vez
mais começamos a duvidar da nossa pessoa e do nosso futuro.
Na minha opinião, eu, e
provavelmente todos os outros, queríamos ser capazes de ser os heróis das suas
vidas, mas a outra opção é também bastante real ou talvez o lugar de herói pode
nem chegar a ser preenchido. Como é que sabemos então? Não sabemos. Eu acredito
que todas as coisas têm a sua razão de acontecer, pois conseguimos tomar as
nossas próprias decisões, mudando assim o decurso do nosso destino, por isso
apenas podemos esperar e acreditar nas nossas próprias decisões e, com sorte,
um dia percebemos que sim, fomos os heróis da nossa vida.
Bruna Alexandra Alves Ferreira Nº6 10ºE(2014/2015)
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