quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O olhar da filósofa


O olhar da filósofa
Enviado por pgjr23. - videos de Arte e de animação

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Fresco de Rafael, 'A Escola de Atenas'
Descrição pormenorizada do fresco

Filme 'Ágora' baseado na vida de Hypatia:


A filosofia como 'desbanalização' do banal


Filosofia e Cotidiano na TV
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mandela saiu em liberdade há 20 anos



Mandela é o invicto: um homem que se crê ser exclusivamente bom. Esteve 27 anos preso só por ser preto, mas quando saiu libertou 50 milhões de pessoas. É a maior figura referencial de África. Qual foi a sua suprema vingança? A reconciliação e o perdão.

"Defendo o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todos convivam em harmonia e oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver, que espero alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer". Em 1964 Mandela enfrentava a própria promessa: acusado de conspiração e sabotagem, é emparedado na prisão perpétua. Tinha 46 anos, casado, com filhos. Nos 27 anos seguintes perde tudo, até direito a ter nome - é tratado pelo número: 46664, número entalado na quadratura da besta.

Christo foi à festa em sua casa

47 anos depois desse dia. Filhos e netos, a ex-mulher Winnie, amigos e companheiros do Congresso Nacional Africano (ANC), antigos e novos activistas políticos, agentes sociais, membros da "nação arco-íris": dezenas acorreram ontem à sua casa em Joanesburgo para a festa privada da liberdade.

Mas entre aqueles havia um, com o especial nome de Christo, que lhe deu a mão: é Christo Brand, guarda prisional de Robben Island, uma ilha mais terrível que Alcatraz, e que teve 27 anos para fazer brotar ali a amizade. "Nunca conheci ninguém como Mandela", disse ontem Christo à Reuters, "e creio que nunca vou conhecer".

Um país inteiro saiu da prisão

Há 20 anos, na manhã de 11 de Fevereiro de 1990, quando ele saiu de mão dada com Winnie, erguido o punho direito, não foi só um homem concreto que foi libertado; foi um país inteiro que festejou com socos no ar a queda do regime segregado pelo apartheid e pelos seus genocídios morais. Nos quatro anos seguintes, numa enxurrada, tudo iria mudar: o ANC e outros partidos plurais são legalizados, Mandela ascende a líder, ganha o Nobel da Paz, vence eleições e é empossado (1994) primeiro presidente negro da África do Sul.

Hoje, o ANC espera reunir "pelo menos 20 mil pessoas ao redor da prisão de Robben Island", naquele que será um fortíssimo gesto simbólico de cerco à iniquidade.

A melhor vingança é o perdão

Com tão pesado passado, com 91 anos - faz 92 a 18 de Julho, o "Dia Mandela" na África do Sul -, hoje, o Madiba, nome reverencial que vem do clã a que pertence, está naturalmente afastado da vida política - "mas ainda lê pelo menos quatro jornais por dia", diz um porta-voz da Fundação Nelson Mandela.

Quem o quiser perceber de uma penada, Clint Eastwood explica-o em "Invictus", 'biopic' de um ano na vida de Mandela (Morgan Freeman, cheio de gravidade e leveza; está nomeado para Oscar). É um estudo fascinante da liderança política de um homem que tinha um prestígio moral sobrenatural e que usou o poder coercivo dos símbolos (o rugby; em 1995 a África do Sul foi campeã mundial) para unificar um país e provar que a união é mais do que a mera soma das partes. E assim se fez a sua vingança: com reconciliação, cheia de perdão.

Fonte: José Miguel Gaspar, JN

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Textos Filosóficos




Aristóteles

Antologia:




















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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tolerar ou aceitar?


“Sentada em frente à televisão e com o controlo remoto na mão, vou fazendo zapping por todos os canais até encontrar algo que me desperte a atenção. Foi quando vi, numa reapresentação do Programa Roda Viva, o filósofo esloveno Slavoj Zizek que veio ao Brasil, em Outubro de 2008, para o lançamento do seu livro “Visão em Paralaxe”. Ele apresenta num nervosismo típico de quem pensa muito mais rápido do que suas palavras possam alcançar. Dentre os diversos assuntos ali questionados um em especial chamou-me a atenção, quando ele fala que hoje em nossa sociedade a palavra de ordem e politicamente correcta é TOLERÂNCIA. Tolerância, para este filósofo, é um logro. Ele diz que derrubamos o muro de Berlim, mas erguemos outros muros invisíveis, citando como exemplo, os palestinianos e o impedimento da entrada dos mexicanos nos EUA. Na realidade o que querem dizer com tolerância seria “Não se aproxime de mim, fique onde está e estará tudo bem”. Trazendo o tema para outros campos onde a intolerância impera, como no campo religioso, étnico, das identidades sexuais, etc...vemos que a frase acima denota a realidade nua e crua. Disfarçamo-nos de tolerantes quando somos, na realidade, intolerantes com o diferente. Para os grupos sociais a verdade sempre está com aquele grupo. Entre o multiculturalismo e o universalismo, qual seria a solução? Para o filósofo, nenhuma das duas correntes é solução para o conflito. Mas , a grande resposta deste filósofo está na solução através da política. Ninguém precisa de “tolerar” o outro, o que nos dá uma ideia de superioridade acima daquele que eu tolero. Mas, necessariamente, saber que os direitos do outro são iguais aos meus. Se você tem o direito de ser e estar em uma religião e exercê-la, o outro também o tem. Se você tem o direito de expressar a sua opinião, de ter suas opções sexuais, o outro também tem esse direito. “O mesmo processo de falsificação do problema acontece com o racismo, que cada vez mais passa a ser tratado como uma questão de tolerância. O pensador afirmou que Martin Luther King Jr. – importante activista americano dos direitos civis dos negros – falava de problemas económicos e sociais para abordar o racismo e não de intolerância. E comparou a questão com a luta das mulheres por direitos iguais: “Imagina se elas reivindicassem tolerância dos homens?” Quando ele falou tão assustadoramente inquieto sobre este tema focando-o desta forma, realmente tirou dos meus ombros o peso de carregar este fardo. Eu sentia mas não sabia o que era. Incomodava-me essa coisa de ‘tolerarmos’ os outros. Não, nós não precisamos de tolerar os outros. Temos que aceitar, querendo ou não, observando que os direitos são iguais.”(Texto adaptado).

|Blogue Assuntos Diversos - http://mary-assuntosdiversos.blogspot.com/2009/09/tolerancia-zizek.html


Clique aqui para ver o programa a que o texto se refere.

Imagem da autoria de Attenya

Fernando Savater - Sobre a Tolerância


Fernando Savater está sob ameaça de morte por parte da ETA por defender a via do diálogo democrático para a solução dos problemas do País Basco.