Páginas
- Página inicial
- Filosofia 10 Recorrente Módulo 3
- Filosofia 11 Recorrente - Módulo 6
- Videoaulas - Filosofia 10
- Videoaulas - Filosofia 11
- Filosofia 10º Ano - Recursos
- Dicionário de Filosofia
- Exame Nacional - Recursos
- Caixa de Ferramentas
- Como se lê um texto filosófico?
- Como se estrutura um ensaio em Filosofia?
- 11A1 e 11C3 - Trabalhos sobre o conhecimento
- As Teorias Éticas
- Perfil do Aluno
- Aprendizagens essenciais 10º
- Aprendizagens Essenciais 11º
- Exame Nacional de Filosofia (informação-prova)
- Bibliotecas Digitais
- Dicionário de Símbolos
- Área de Integração
- 10L3 - Filosofia
Mostrar mensagens com a etiqueta Ação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ação. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
sábado, 6 de dezembro de 2014
A Rede Conceptual da Ação
Texto 1 - O homem e o Animal
“Os animais (para já não falar nos minerais e nas plantas) não podem evitar ser como são e fazer aquilo que naturalmente estão programados para fazer. Não se lhes pode censurar que o façam nem aplaudi‑los pelo que fazem, porque não sabem comportar‑se de outro modo. As suas disposições obrigatórias poupam‑lhes sem dúvida muitas dores de cabeça.
Em certa medida, de início, nós, os homens, também estamos programados pela Natureza. Estamos feitos para beber água, e não lixívia, e tomemos as precauções que tomarmos, mais cedo ou mais tarde, morreremos. E de modo menos imperioso mas análogo, o nosso programa cultural, é também determinante: o nosso pensamento é condicionado pela linguagem que lhe dá forma (uma linguagem que nos é imposta de fora e que não inventámos para nosso uso pessoal) e somos educados em certas tradições, hábitos, formas de comportamento, lendas...; numa palavra, são‑nos inculcadas desde o berço certas fidelidades e não outras. Tudo isto pesa muito e faz com que sejamos bastante previsíveis.
Com os homens nunca podemos ter bem a certeza, ao passo que com os animais, ou outros seres naturais, sim. Os castores fazem represas nos ribeiros e as abelhas favos com alvéolos hexagonais:
não há castores que se sintam tentados a fazer alvéolos de favos, nem abelhas que se dediquem à engenharia hidráulica. No seu meio natural cada animal parece saber perfeitamente o que é bom e o que é mau para ele, sem discussões nem dúvidas.
não há castores que se sintam tentados a fazer alvéolos de favos, nem abelhas que se dediquem à engenharia hidráulica. No seu meio natural cada animal parece saber perfeitamente o que é bom e o que é mau para ele, sem discussões nem dúvidas.
Por grande que seja a nossa programação biológica ou cultural, nós, seres humanos, podemos acabar por optar por algo que não está no programa (pelo menos que lá não está totalmente). Podemos dizer «sim» ou «não», «quero» ou «não quero». Por muito apertados que nos vejamos pelas circunstâncias, nunca temos um só caminho, mas sempre vários.”
Fernando Savater, Ética para um jovem.(Texto adaptado)
Texto 2 - Nem todos os atos do homem são atos humanos
"Deixando de lado alguns usos puramente técnicos da palavra ‘ação’ (por exemplo, ação como participação no capital de uma empresa), o núcleo significativo da palavra assenta na produção ou causação de um efeito. A palavra ‘ação’ emprega-se às vezes para falar de animais não humanos (diz-se que a ação das cigarras é benéfica para a agricultura) ou, inclusive, de objetos inanimados (diz-se que a gravitação é uma forma de ação à distância ou que a toda a ação exercida sobre um corpo corresponde uma ação igual de sentido contrário). Mas sobretudo usamos a palavra ‘ação’ para nos referirmos ao que fazem os humanos. Aqui só nos interessa este tipo de ação, a ação humana.
As nossas ações são (algumas das) coisas que fazemos. Na realidade o verbo ‘fazer’ cobre um campo semântico bastante mais amplo que o substantivo ‘ação’. O latim distingue o agere do facere (aos quais corresponde em português agir e fazer). Ao substantivo latino actio, derivado de agere, corresponde o substantivo ação. Assim, até de um ponto de vista etimológico, ‘ação’ só carrega a carga semântica de ‘agir’ e não propriamente de ‘fazer’.
Tudo quanto realizamos é parte da nossa conduta, mas nem tudo o que realizamos constitui uma ação. Enquanto dormimos realizamos muitas coisas: respiramos, suamos, damos voltas, apertamos a cabeça contra a almofada, sonhamos, talvez ressonemos alto ou falemos em voz alta ou andemos sonâmbulos pela casa. Todas estas coisas as realizamos inconscientemente, enquanto dormimos. Realizamo-las mas não damos conta delas, não temos consciência de que as realizamos. A estas coisas que fazemos inconscientemente não lhes vamos chamar ações. Vamos reservar o termo ‘ação’ para as coisas que realizamos conscientemente, dando-nos conta de que as fazemos.
Há, no entanto, coisas que fazemos conscientemente, dando-nos conta delas, mas sem que à sua realização corresponda uma intenção nossa. Damo-nos conta dos nossos ‘tiques' e de muitos dos nossos atos reflexos, mas realizamo-los involuntariamente, constatamo-los como espectadores, não os efetuamos como agentes. (A palavra ‘agente’ é outra das palavras derivadas do verbo latino agere). Por algo que sentimos depois de comer damo-nos conta de que estamos a fazer a digestão. Mas fazer a digestão não constitui (normalmente) uma ação. Pelos sorrisos dos que nos observam damo-nos conta de que estamos a ser ridículos. Mas ser ridículo (praticar atos ridículos) não é uma ação, mas uma reação, algo que nos passa despercebido e que lamentamos (a não ser que o façamos de propósito, como provocação; neste caso já seria uma ação). Também não chamamos ação a esses aspectos da nossa conduta de que nos damos conta, mas que não efectuados intencionalmente. No presente estudo limitar-nos-emos às ações humanas conscientes e voluntárias, às que daqui em diante chamaremos ações (sem mais).
Uma ação é uma interferência consciente e voluntária de um homem ou de uma mulher (o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência haveriam seguido um caminho distinto do que por causa da ação seguiram. Uma ação consta, pois, de um evento que sucede graças à interferência de um agente e de um agente que tinha a intenção de interferir para conseguir que tal evento sucedesse.
Jesús MOSTERÍN - Racionalidad y Acción Humana.
Texto 3 - Os elementos constitutivos da ação
“Para compreendermos o que é a ação, e para a podermos distinguir dos outros atos do homem, temos que ter em conta os diversos elementos que a constituem.
Graças a eles podemos compreender porque é que alguém agiu de determinada forma, o que é que essa pessoa queria efetivamente realizar com a sua acção, quais as consequências dessa ação e qual a sua responsabilidade face a essas consequências. É isso que acontece, por exemplo, na investigação criminal, mas não é preciso ir tão longe: em qualquer situação em que nos deparemos com uma ação, se não conhecemos todos os seus contornos, somos levados a levantar as seguintes questões:
1. Quem agiu (‘quem fez isto?’)?
2. Porquê? Com que motivo?
3. Para quê? Com que intenção? Com que finalidade?
4. Quais as consequências dessa acção? Todas elas foram ponderadas pelo agente?
A primeira questão remete-nos para o autor da ação, para o agente. Ora para que alguém seja agente de uma ação, é necessário que estejamos perante um ser dotado de consciência racional e de uma vontade livre. Assim, o agente é responsável pelas ações que pratica, porque estas são atos voluntários que resultam de uma deliberação. Podemos então concluir que todos os atos que nascem da nossa liberdade são da nossa responsabilidade. E responsabilidade, a este nível, significa que é o agente quem responde pelas suas cções e pelas respectivas consequências (sejam elas boas ou más), porque não há ninguém acima da sua liberdade: o agente age porque quer, ele é dotado de uma vontade soberana, ele é senhor das suas ações.
A segunda questão refere-se ao motivo da ação. Toda a ação é motivada, ou seja tem que existir uma causa, interna ou externa, que leve o agente a tomar a decisão de agir. Se não tivermos uma motivação para fazermos algo, não o fazemos. Assim, o motivo é a causa que suscita no agente a vontade de agir, que o leva, num dado momento, a preferir fazer uma coisa e não outra. Uma pessoa pode estar confortavelmente sentada a ouvir música, mas se sentir fome, pode decidir ir à cozinha fazer um lanche, por sentir fome. Pode, também, decidir ir estudar, por ter que realizar testes de avaliação na escola. Ou pode decidir desligar a aparelhagem por começar a sentir dores de cabeça.
A terceira questão tem a ver com a intenção do agente. Há quem considere que a intenção é a chave para a compreensão de uma ação. De facto, se nos situarmos num ponto de vista moral, para sabermos se uma ação é boa ou má, temos que conhecer a intenção do agente, temos que saber o que é que ele queria alcançar com a sua ação, quais os fins que ele queria atingir, enfim, o que é que ele projetou quando decidiu agir daquela forma. Por exemplo, se acontecer um incêndio de grandes proporções, e se as autoridades descobrirem que esse incêndio começou devido à ação de um determinado indivíduo, só poderão saber se esse indivíduo, que é responsável pelas suas ações, é criminalmente responsável pelo incêndio, depois de descobrirem qual a intenção desse indivíduo. Se ele acendeu uma pequena fogueira para assar sardinhas, e se uma rajada de vento espalhou as brasas ateando o incêndio, esse indivíduo pode não ser criminalmente responsável pelo incêndio, apesar de, em última instância, ser o causador do mesmo. Caso tenha havido incúria, ou o desrespeito por uma proibição de atear fogo nesse local, então, nesse caso, o agente será criminalmente responsável, mesmo se a sua intenção não era provocar um incêncio. Mas se, por outro lado, se apurar que esse indivíduo agiu com a intenção de, através do incêndio, provocar danos a terceiros, motivado pelo ódio, então ele é duplamente responsável: ele é responsável por ser o causador do incêndio, e é criminalmente responsável, porque a sua intenção era criminosa.
Por fim, em relação à quarta questão, temos as consequências da ação. E elas existem porque todas as ações têm um impacto sobre o real, o agente interfere com a realidade, a sua ação é um acontecimento que dá origem a outros acontecimentos que, por sua vez, podem ter efeitos positivos ou negativos na vida das outras pessoas. O agente é, direta ou indiretamente, responsável pelas consequências das suas ações, mas a sua responsabilidade moral, só pode ser aferida tendo em conta a intenção que presidir a cada uma dessas ações. Isto faz com que o agente tenha o dever de pensar nas consequências das suas ações, antes de as pôr em prática. E, mesmo assim, podem acontecer resultados imprevistos, porque nós temos o poder de decidir fazer algo, mas não controlamos a forma como a realidade se vai comportar em relação às nossas ações.”
Atividades:
1. De acordo com o texto 1, o que é que distingue o homem dos outros animais? Justifique a sua resposta.
2. Todos os atos do homem são ações? O que é necessário para considerarmos um ato do homem uma ação? Justifique a sua resposta.
3. Pode dizer-se que os animais agem? Justifique a sua resposta.
4. Identifique e caracterize, por palavras suas, os elementos constitutivos da ação.
5. Comente a seguinte afirmação do texto 3: “E responsabilidade, a este nível, significa que é o agente quem responde pelas suas acções e pelas respectivas consequências (sejam elas boas ou más)”.
5. Comente a seguinte afirmação do texto 3: “E responsabilidade, a este nível, significa que é o agente quem responde pelas suas acções e pelas respectivas consequências (sejam elas boas ou más)”.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
O Menino Selvagem
O garoto selvagem - legendado pt br from Silvana on Vimeo.
O filme “L’Enfant Sauvage d’Averyon” (O Menino Selvagem de Averyon), de Fraçois Truffaut, baseado num caso verídico, relata a história de uma criança de onze ou doze anos que foi capturada num bosque, tendo vivido afastada da sua espécie e ficando depois à guarda do Dr. Jean Itard.
Embora se pense que o menino selvagem tenha sido abandonado no bosque quando tinha dois ou três anos, altura em que já deveria dispor de algumas ideias e palavras, em consequência do começo da sua educação, tudo isso se lhe apagou da memória devido a cerca de sete anos de isolamento. Quando foi capturado, andava como um quadrúpede, tinha hábitos anti-sociais, órgãos pouco flexíveis e a sensibilidade embotada, não falava, não se interessava por nada e a sua face não mostrava qualquer tipo de emoção. Toda a sua existência se resumia a uma vida puramente animal.
Assim, o seu isolamento passado condicionou a sua aprendizagem futura que, além do mais, deveria ter sido realizada durante a sua infância (época em que o seu cérebro apresentaria mais plasticidade, existindo uma facilidade de aprendizagem, socialização e interiorização dos comportamentos característicos da sua cultura). Desta forma, o menino selvagem não só tinha que lutar contra o seu passado como contra a idade avançada para uma aprendizagem, muito provavelmente, sendo esta a razão porque, segundo Itard, “para ser julgado racionalmente, (o menino selvagem de Averyon) só pode ser comparado a ele próprio”.
Segundo a tese de Lucien Malson, que escreveu “Les enfant sauvages” (As crianças selvagens), relatando e analisando não só este caso mas também outros casos de isolamento, o Homem é inferior a grande número de animais no seu estado de natureza. O autor defende que os animais, com o seu sistema nervoso rudimentar, não necessitam de viver com a sua espécie para realizar as acções características da mesma, não carecendo de serem ensinados devido aos seus instintos já desenvolvidos à nascença.
Lançado no mundo sem forças físicas e sem ideias inatas, o Homem só pode tornar humano no seio da sociedade e, sem a socialização, seria, como já referi, um dos animais mais fracos já que, de todos os seres vivos, o Homem é o que na ocasião do nascimento se mostra mais incapaz. É isso que lhe permite desenvolver-se e adaptar-se ao meio em que vive, e a ideia de instintos que se desenvolvem por si não corresponde à realidade humana. O ser humano nasce inacabado e depende de uma sociedade, de uma cultura. Segundo Itard, “o indivíduo, privado das faculdades características da sua espécie, arrasta miseravelmente, sem inteligência nem afeições, uma vida precária e reduzida às funções de animalidade”. Assim, a superioridade moral, que muitos consideram ser natural nos seres humanos, não é mais do que um resultado da socialização, que contribui para a sua formação. Existe, então, uma força imitativa destinada não só à educação dos órgãos como à aprendizagem da palavra, que é muito activa nos primeiros anos de vida, mas enfraquece rapidamente com o avançar da idade.
Ainda que a liberdade seja um fator que está subjacente às acções especificamente humanas, podemos concluir, tendo em conta todo este caso, que existem de facto condicionantes da ação humana. Em primeiro lugar, o menino selvagem, não obstante viver numa floresta, não tinha as mesmas capacidades físicas de outros animais, ou seja, os fatores biológicos também afectaram as suas acções enquanto selvagem. Em segundo lugar, surgem os factores intelectuais, pelo facto do menino não ter competências nesse sentido, o que dificultou as suas acções na sua vivência em sociedade. Por exemplo, quando o médico Itard tentou transmitir algum conhecimento no âmbito das letras, aconteceram, por vezes, ataques de fúria, pelo facto destas serem muito abstratas e, consequentemente, mais difícil foi a sua aprendizagem neste campo (neste contexto, alguns especialistas defenderem que o médico procedeu mal ao incluir letras, por serem demasiado abstratas, na educação do menino).
Aprendeu também a desenvolver a afetividade, o que foi considerado um grande progresso. Tornou-se sensível às temperaturas extremas, espirrou pela primeira vez e chorou, também pela primeira vez. À medida que esta afetividade se foi desenvolvendo, criaram-se laços afetivos entre o menino e o Dr. Itard e a Mme. Guérin, a aprendizagem vai-se tornando mais fácil (note-se que os factores psicológicos são bastante influenciáveis pela relação com os outros). Por último, como já foi referido, os fatores sócio-culturais também influenciam as nossas ações pois, ao estarmos inseridos numa sociedade, as nossas ações e comportamentos são influenciados por ela, como se verificou com a socialização do menino selvagem, que teve de se sujeitar a regras e a deveres morais.
Por fim, podemos concluir que o Homem, lançado na Terra, sem forças físicas nem ideias inatas, tanto na selva como na mais civilizada das sociedades, será apenas aquilo que dele fizerem. Segundo Karl Jaspers, “são as nossas aquisições, as nossas imitações e a nossa educação que nos transformam em homens do ponto de vista psíquico”. O comportamento humano é uma conquista feita em consequência do processo da sua integração no meio cultural, que varia em função da sociedade a que pertence. O que nos torna reconhecidamente humanos depende de muito mais do que a nossa herança genética e biológica: é fundamental ter em conta as dimensões social e cultural para que possamos compreender os seres humanos e a forma como se comportam. Tornamo-nos humanos através da aprendizagem de formas partilhadas e reconhecíveis de ser e de nos comportarmos. O Homem deve à cultura a capacidade de ultrapassar os seus instintos, tendo, desta forma, o poder de optar, escolher qual o caminho que considera melhor, segundo os valores em que se apoia, depois de analisar, racionalmente, a realidade. É portanto necessário “admitir que os homens não são homens fora do ambiente social” (Lucien Malson) e que necessitam, mais do que os outros animais, da vivência junto da sua espécie.
|http://psicopedia.webnode.pt(Texto Adaptado).
Para fazer o download do texto em formato do Word, clique Aqui
Etiquetas:
10º ano,
Ação,
Condicionantes da Ação Humana,
Filmes,
Menino Selvagem
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Determinismo e Liberdade na Ação Humana
O problema do livre-arbítrio
Introdução ao problema:
(texto de Carlos Pires, copiado daqui)
As nossas acções são realmente livres ou são determinadas por causas anteriores que não controlamos? Escolhemos de facto o que fazemos ou um certo conjunto de factores físicos, biológicos, culturais, etc., é que nos leva a fazer aquilo que fazemos?
Numa apresentação um pouco simplificada, este é o problema do livre-arbítrio. Temos ou não livre-arbítrio?
Eis três exemplos ilustrativos do problema: Évarist Galois aceitou participar num duelo (que sabia que ia perder), Jaime Neves recusou participar num duelo, uma pessoa Y qualquer comeu uma fatia de bolo e não um pêssego – terão agido livremente?
O matemático francês Évarist Galois foi, em 1832, desafiado para um duelo por um rival amoroso (o despeitado noivo de uma senhora da qual se enamorou e com quem teve uma breve relação). De acordo com as crenças e costumes da época, recusar um duelo constituía uma desonra, uma vergonha pior que a morte. Temendo a censura e o desprezo da sociedade e da sua amada, Galois aceitou o duelo. Sabia, porém, que o seu adversário era muito mais hábil com as armas que ele e que tinha poucas hipóteses de sobreviver.
Por isso, passou a noite anterior ao duelo a escrever apontamentos de algumas das suas ideias matemáticas (misturadas com exaltadas declarações de amor à referida senhora e queixas desesperadas relativamente à falta de tempo para escrever as suas ideias e impedir que morressem com ele). As ideias registadas à pressa nesses apontamentos ainda hoje são estudadas por muitos matemáticos e tiveram um papel importante no desenvolvimento da Matemática, nomeadamente da Álgebra.
Quando chegou a hora marcada, Galois largou a pena e dirigiu-se ao local combinado para o duelo. Como seria de esperar, foi atingido e morreu. Tinha 20 anos.
No dia 25 de Abril de 1974 as forças chefiadas pelo major Jaime Neves cercaram um local (salvo erro, a Legião Portuguesa, na Penha de França, em Lisboa) onde estavam aquarteladas forças leais a Marcello Caetano. Inicialmente o comandante dessas forças recusou render-se. Este propôs a Jaime Neves que, em vez de um conflito que podia provocar a morte de muitos civis, resolvessem o problema como “dois cavalheiros, à maneira antiga”: com um duelo entre ambos.
Jaime Neves terá respondido: “Tenha juízo homem! Renda-se imediatamente senão mando os meus homens dispararem.” E esse comande rendeu-se.
Jaime Neves não se sentiu desonrado ao recusar o duelo e a sociedade portuguesa não o censurou nem desprezou por isso.
“Supõe que estás na bicha de uma cantina e que, quando chegas às sobremesas, hesitas entre um pêssego e uma grande fatia de bolo de chocolate com uma cremosa cobertura de natas. O bolo tem bom aspecto, mas sabes que engorda. Ainda assim, tiras o bolo e come-lo com prazer. No dia seguinte vês-te ao espelho, ou pesas-te, e pensas: ‘Quem me dera não ter comido o bolo de chocolate. Podia ter comido antes o pêssego’.” Thomas Nagel, O que quer dizer tudo isto? – Uma iniciação à Filosofia, Gradiva, 1995, pág. 45.
______________________________________________________
Exploração do problema
Exploração do problema
O problema do livre-arbítrio, um dos mais antigos e complexos da filosofia. Ele diz respeito ao conflito existente entre a liberdade que temos ao agir e o determinismo causal. Podemos introduzi-lo considerando as três proposições seguintes:
1. Todos os acontecimentos são causados [por acontecimentos anteriores].
2. As nossas acções são livres.
3. Acções livres não são causadas [por acontecimentos anteriores].
A proposição 1 parece geralmente verdadeira: cremos que, no mundo em que vivemos, para todos os acontecimentos deve haver uma causa.
A proposição 2 também parece verdadeira: quando nos observamos a nós mesmos, parece óbvio que as nossas decisões e acções são frequentemente livres.
Também a proposição 3 parece verdadeira: se as nossas acções fossem causalmente determinadas, elas não poderiam ser livres.
O problema do livre-arbítrio surge quando percebemos que as três proposições acima formam um conjunto inconsistente, ou seja: não é possível que todas elas sejam verdadeiras!
- Se admitimos que todos os acontecimentos são causados e que a acção livre não é causalmente determinada (que as proposições 1 e 3 são verdadeiras), então não somos livres, posto que as nossas acções são acontecimentos (a proposição 2 é falsa).
- Se admitimos que as nossas acções são livres e que como tais elas não são causalmente determinadas (que 2 e 3 são proposições verdadeiras), então não é verdade que todo o acontecimento seja causado (a proposição 1 é falsa).
- E se admitimos que todo o acontecimento é causado e que somos livres (que as proposições 1 e 2 são verdadeiras), então deve haver algo de errado com a ideia de liberdade expressa na proposição 3.
Cada uma dessas alternativas possui um nome e foi classicamente defendida.
A primeira delas é chamada de determinismo; ela consiste em negar a verdade da proposição 2, ou seja, que somos realmente livres. Ela foi mantida por filósofos como Espinosa, Schopenhauer e Henri d'Holbach.
A segunda alternativa chama-se libertismo: ela não tem problemas em admitir que o mundo ao nosso redor é causalmente determinado, mas abre uma excepção para muitas de nossas decisões e acções, que sendo livres escapam à determinação causal. Com isso o libertismo rejeita a validade universal do determinismo expressa pela proposição 1. Essa é a posição de Santo Agostinho, Kant e Fichte.
Finalmente há o compatibilismo, que tenta mostrar que a liberdade de ação é perfeitamente compatível com o determinismo, rejeitando a ideia de liberdade expressa na proposição 3. Historicamente, Hobbes, Hume e Stuart Mill foram famosos defensores do compatibilismo. No que se segue, quero considerar isoladamente cada uma dessas soluções, argumentando finalmente a favor do compatibilismo.
A primeira delas é chamada de determinismo; ela consiste em negar a verdade da proposição 2, ou seja, que somos realmente livres. Ela foi mantida por filósofos como Espinosa, Schopenhauer e Henri d'Holbach.
A segunda alternativa chama-se libertismo: ela não tem problemas em admitir que o mundo ao nosso redor é causalmente determinado, mas abre uma excepção para muitas de nossas decisões e acções, que sendo livres escapam à determinação causal. Com isso o libertismo rejeita a validade universal do determinismo expressa pela proposição 1. Essa é a posição de Santo Agostinho, Kant e Fichte.
Finalmente há o compatibilismo, que tenta mostrar que a liberdade de ação é perfeitamente compatível com o determinismo, rejeitando a ideia de liberdade expressa na proposição 3. Historicamente, Hobbes, Hume e Stuart Mill foram famosos defensores do compatibilismo. No que se segue, quero considerar isoladamente cada uma dessas soluções, argumentando finalmente a favor do compatibilismo.
1. Determinismo
O determinismo parte da consideração de que, da mesma forma que podemos sempre encontrar causas para os eventos físicos que nos cercam, podemos sempre encontrar causas para as nossas ações, sejam elas quais forem. Com efeito, sendo como somos produtos de um processo de evolução natural, seria surpreendente se as nossas ações não fossem causadas do mesmo modo que o são outros eventos biológicos, tais como a migração dos pássaros e o fototropismo das plantas.
Mesmo que o princípio da causalidade não seja garantido e que no mundo da microfísica ele tenha sido inclusive colocado em dúvida, no mundo humano, constituído pelas nossas ações, pensamentos, decisões, vontades, esse princípio parece manter-se plenamente aceitável. De facto, admitimos que as decisões ou ações humanas são causadas.
Alguns poderão dizer que Napoleão invadiu a Rússia por livre decisão da sua vontade. Mas os historiadores consideram parte do seu ofício encontrar as causas, procurando esclarecer as motivações e circunstâncias que o induziram a tomar essa funesta decisão. Na determinação das nossas ações, as causas imediatas podem ser externas (alguém decide parar o carro diante de um sinal vermelho) ou internas (alguém resolve tomar um refrigerante), sendo geralmente múltiplas e por vezes muito difíceis de serem identificadas. No entanto, teorias biológicas e psicológicas (especialmente a psicanálise) sugerem que as nossas ações são sempre causadas; "Fiz isso sem nenhuma razão" raramente é aceite como desculpa.
Com base em considerações como essas, a conclusão do filósofo determinista é a de que o livre-arbítrio na verdade não existe, posto que se a ação fosse realmente livre ela não seria determinada por outros factores independentes dela mesma. A liberdade que parecemos ter ao tomarmos as nossas decisões é pura ilusão, produzida por uma insuficiente consciência das suas causas. Mesmo quando pensamos que poderíamos ter agido de outro modo, o que queremos dizer não é que éramos realmente livres para agir de outro modo, mas simplesmente que teríamos agido de outro modo se o sentimento mais forte tivesse sido outro, se soubéssemos aquilo que agora sabemos etc. O argumento a favor do determinismo pode ser assim esquematizado:
1. Todos os acontecimentos são causados.
2. Todas as ações humanas são acontecimentos.
3. Nenhuma ação humana existe sem uma causa.
A. Logo, Nenhuma ação humana é livre.
(Neste argumento está pressuposto que as ações humanas só seriam livres se não fossem causadas).
(Neste argumento está pressuposto que as ações humanas só seriam livres se não fossem causadas).
____________________________________________________
Um argumento mais simples em defesa do determinismo:
1. Tudo o que fazemos é causado por forças que não controlamos.
2. Se as nossas ações são causadas por forças que não controlamos, então não agimos livremente.
3. Logo, nunca agimos livremente.
(James Rachels)
Para saber mais sobre o determinismo:
O Determinismo Faz Sentido?
_____________________________________________________
Um argumento mais simples em defesa do determinismo:
1. Tudo o que fazemos é causado por forças que não controlamos.
2. Se as nossas ações são causadas por forças que não controlamos, então não agimos livremente.
3. Logo, nunca agimos livremente.
(James Rachels)
Para saber mais sobre o determinismo:
O Determinismo Faz Sentido?
_____________________________________________________
Objeções à teoria determinista:
A posição determinista encontra, porém, dificuldades. Não é só o sentimento de que somos livres que perde a validade. Também o sentimento de arrependimento ou remorso parece perder o sentido, pois como se justifica que nós possamos arrepender-nos das nossas ações, se não fomos livres para escolhê-las? Também a responsabilidade moral perde a validade. Se nas nossas ações somos tão determinados como uma pedra que cai ao ser solta no ar, faz tão pouco sentido responsabilizar uma pessoa pelos seus actos quanto faz sentido responsabilizar a pedra por ter caído. Tais dificuldades levam-nos a considerar a posição oposta.
O princípio da causalidade (o Princípio da Razão Suficiente), enunciável como "Todo o acontecimento tem uma causa", não parece ter a sua validade universal garantida.
Certamente, esse princípio é extremamente útil, valendo em geral para o mundo que nos circunda e mesmo para muitas de nossas ações. Mas nada nele garante que a sua validade seja universal. Não podemos pensar que A = ~A ou que 1 + 1 = 3, mas podemos perfeitamente conceber um evento no universo surgindo sem nenhuma causa.
A isso o libertarista poderá acrescentar que nós simplesmente sabemos que somos livres. Há uma grande diferença entre um comportamento reflexo e um comportamento resultante da decisão da vontade. Nós sentimos que no último caso somos livres, que podemos decidir sempre de outro modo.
[...] Segundo essa teoria, às vezes, pelo que podemos saber, o agente causa os seus actos sem qualquer mudança essencial em si mesmo, não necessitando de condições antecedentes que sejam suficientes para justificar a acção. Isso acontece porque o eu é uma entidade peculiar, capaz de iniciar uma ação sem ser causado por condições antecedentes suficientes! Você poderá perguntar-se como isso é possível. A resposta geralmente oferecida é que não pode haver explicação. Para responder a uma pergunta como essa teríamos de interrogar o próprio eu, considerando-o objectivamente. Mas, como quem deve considerar objectivamente o eu só pode ser aqui o próprio eu, isso é impossível. [...]
O argumento que conduz à teoria da ação libertista tem a forma:
O argumento que conduz à teoria da ação libertista tem a forma:
1. Não é certo que todos os acontecimentos são causados por acontecimentos anteriores.
2. Sabemos que as nossas ações são frequentemente livres.
3. As ações humanas livres não podem ser causadas por acontecimentos anteriores.
4. Portanto, as ações humanas não precisam de ser causadas por acontecimentos anteriores.
Cláudio Costa
__________________________________________________
Link: OS ARGUMENTOS LIBERTISTAS
__________________________________________________
__________________________________________________
Embora essa solução preserve a noção de livre arbítrio, ela tem o inconveniente de explicar o obscuro pelo que é mais obscuro ainda, que é um mistério a ser aceite sem questionamento. A pergunta que permanece é se não há uma solução mais satisfatória.
A solução que veremos a seguir, o compatibilismo, é hoje a mais aceite, sendo uma maneira de tentar preservar as vantagens das outras duas sem as correspondentes desvantagens.
A solução que veremos a seguir, o compatibilismo, é hoje a mais aceite, sendo uma maneira de tentar preservar as vantagens das outras duas sem as correspondentes desvantagens.
3. Compatibilismo: definições
Segundo o compatibilismo, também chamado de determinismo moderado ou reconciliatório, nós permanecemos livres e responsáveis, mesmo sendo causalmente determinados nas nossas ações. O raciocínio que conduz ao compatibilismo tem a forma:
1. Todo o evento é causado.
2. As ações humanas são eventos.
3. Portanto, todas as ações humanas são causadas.
4. Sabemos que as nossas ações são às vezes livres.
5. Portanto, as ações livres são causadas.
Um bom exemplo de argumento em defesa do compatibilismo é o de Walter Stace, para quem nós confundimos o significado da noção de liberdade na sua conexão com o determinismo. Segundo Stace, o determinista acredita que a liberdade da vontade é o mesmo que a capacidade de produzir ações sem que elas sejam determinadas por causas. Mas isso é falso. Se assim fosse, uma pessoa que se comportasse arbitrariamente, mesmo que contra a sua própria vontade, seria um exemplo de pessoa livre. Mas o comportamento arbitrário não é visto como um comportamento livre. A diferença entre a vontade livre e a vontade não-livre não deve residir, pois, no facto de a segunda ser causalmente determinada e a primeira não. Além disso, tanto no caso de actos livres como no caso de actos não-livres, nós costumamos encontrar determinações causais, como mostram os seguintes exemplos, os três primeiros tomados do texto de Stace:
A.
Actos livres
|
B.
Actos não-livres
|
1. Gandi passa fome
porque quer libertar a Índia.
|
1.
Um homem passa fome num deserto porque não há comida.
|
2. Uma pessoa rouba um
pão porque está com fome.
|
2.
Uma pessoa rouba porque o seu patrão a obrigou.
|
3. Uma pessoa assina
uma confissão porque quer dizer a verdade.
|
3.
Uma pessoa assina uma confissão porque foi submetida a tortura.
|
4. Uma pessoa decide
abrir uma garrafa de champanhe porque quer brindar ao Ano Novo.
|
4.
Uma pessoa toma uma dose de aguardente, mesmo contra a sua vontade, porque é
alcoólica.
|
5. Uma pessoa abre a
janela porque faz calor.
|
5.
Uma pessoa abre a janela por efeito de sugestão pós-hipnótica.
|
6. Um membro de uma
equipa de cinema provoca a explosão de uma bomba para efeitos de filmagem.
|
6.
Um psicopata faz explodir uma bomba porque ouve vozes que o convenceram a
realizar essa ação.
|
Note-se que a palavra "porque", que denota causalidade, é comum a ambas as colunas. Assim, a coluna A não difere da coluna B pelo facto de não podermos encontrar causas das ações, decisões e volições dos agentes. E às causas apresentadas podemos adicionar ainda outras, como razões psicológicas e biográficas de Gandi, o costume de brindar ao Ano Novo abrindo uma garrafa de champanhe etc. Mesmo nos casos de decisões arbitrárias (como quando alguém decide lançar uma moeda ao ar para que a sorte decida o que deve fazer), a decisão de escolher arbitrariamente também possui alguma causa.
A diferença notada por Stace entre as ações livres da coluna A e as não-livres da coluna B é que as primeiras são voluntárias, enquanto as segundas não. Daí que ele defina a diferença entre a vontade livre e não-livre como residindo no facto de que os actos derivados da vontade livre são voluntários, enquanto os actos que não são derivados da vontade livre são involuntários, no sentido de se oporem à nossa vontade ou de serem independentes dela. Se Gandi passa fome para libertar a Índia, se alguém rouba um pão por estar com fome, estes actos são ações livres, posto que são actos voluntários; mas se uma pessoa assina uma confissão sob tortura ou toma uma dose de aguardente contra a sua vontade, esses são actos que se opõem à vontade dos agentes, por isso mesmo não são livres.
Será que o compatibilismo resolve o problema do livre-arbítrio?
Cláudio Costa
Cláudio Costa
Texto retirado de Uma Introdução Contemporânea à Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2002, pp. 267-275 (adaptado por Aires Almeida)
(Texto Adaptado)
Para saber mais:
Sobre o Libertismo "Os argumentos libertistas"
Atividades:
Antes de responder às questões, deve analisar a seguinte apresentação:
Antes de responder às questões, deve analisar a seguinte apresentação:
Posições sobre o livre arbítrio da autoria de Filazambuja
(As imagens apresentadas a seguir são retiradas desta apresentação)
O problema do livre-arbítrio surge da impossibilidade lógica de admitirmos que há acontecimentos que não têm uma causa que os produza (ou uma razão que os explique). Admiti-lo seria negar o Princípio da Razão Suficiente (que estipula que nada acontece sem razão ou que tudo o que acontece tem uma causa).
Perante a evidência científica de que no Universo tudo é causado, seria absurdo admitir que os nossos atos pudessem não depender de causas anteriores.
Coloca-se, assim, o problema de saber se podemos fazer escolhas, ou seja, se somos livres (de escolher)ou se a liberdade é uma ilusão e todo o nosso comportamento é determinado pela causalidade universal.
O problema pode formular-se através das seguintes questões (entre outras):
Somos livres? Podemos escolher? Temos uma vontade livre?
2. Explique a posição dos deterministas.
3. Explique a posição dos libertistas.
4. Explique a posição dos compatibilistas (dos deterministas moderados).
5. Apresente uma razão invocada pelos deterministas a favor da sua posição.
(Apresentamos mais do que uma razão)
6. Apresente uma objecção ao determinismo.
(Apresentamos mais do que uma objeção)
7. Apresente uma razão invocada pelos libertistas a favor da sua posição.
(Apresentamos mais do que uma razão)
Perante a evidência científica de que no Universo tudo é causado, seria absurdo admitir que os nossos atos pudessem não depender de causas anteriores.
Coloca-se, assim, o problema de saber se podemos fazer escolhas, ou seja, se somos livres (de escolher)ou se a liberdade é uma ilusão e todo o nosso comportamento é determinado pela causalidade universal.
O problema pode formular-se através das seguintes questões (entre outras):
Somos livres? Podemos escolher? Temos uma vontade livre?
2. Explique a posição dos deterministas.
3. Explique a posição dos libertistas.
4. Explique a posição dos compatibilistas (dos deterministas moderados).
5. Apresente uma razão invocada pelos deterministas a favor da sua posição.
(Apresentamos mais do que uma razão)
6. Apresente uma objecção ao determinismo.
(Apresentamos mais do que uma objeção)
7. Apresente uma razão invocada pelos libertistas a favor da sua posição.
(Apresentamos mais do que uma razão)
8. Apresente uma objecção ao libertismo.
(Apresentamos mais do que uma objeção)
9. Apresente uma razão invocada pelos compatibilistas a favor da sua posição.
Etiquetas:
10º ano,
Ação,
Compatibilismo,
Determinismo,
Libertismo,
Livre-arbítrio
Subscrever:
Mensagens (Atom)