Páginas
- Página inicial
- Filosofia 10 Recorrente Módulo 3
- Filosofia 11 Recorrente - Módulo 6
- Videoaulas - Filosofia 10
- Videoaulas - Filosofia 11
- Filosofia 10º Ano - Recursos
- Dicionário de Filosofia
- Exame Nacional - Recursos
- Caixa de Ferramentas
- Como se lê um texto filosófico?
- Como se estrutura um ensaio em Filosofia?
- 11A1 e 11C3 - Trabalhos sobre o conhecimento
- As Teorias Éticas
- Perfil do Aluno
- Aprendizagens essenciais 10º
- Aprendizagens Essenciais 11º
- Exame Nacional de Filosofia (informação-prova)
- Bibliotecas Digitais
- Dicionário de Símbolos
- Área de Integração
- 10L3 - Filosofia
Mostrar mensagens com a etiqueta Conceito. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Conceito. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
O que é definir um conceito?
Tipos de definições
Há quem defenda que definir um conceito é dizer em que consiste e caso não saibamos defini-lo dessa maneira também não estamos em condições de o utilizar adequadamente. Defender isto é o mesmo que dizer que há apenas uma forma de definir conceitos, o que não é o caso. Ao contrário do que é vulgar pensar-se, não existe apenas um tipo de definições. Sabemos utilizar perfeitamente o conceito “azul” sem que, no entanto, o possamos definir dessa maneira. Não o saber definir dessa maneira não é o mesmo que o não poder definir. Para compreendermos isso é preciso distinguir dois tipos de definições: definições explícitas e definições implícitas.
Diz-se que uma definição é explícita quando apresentamos as condições necessárias e suficientes do conceito a definir. Mas o que são condições necessárias e suficientes? Oferecemos uma condição necessária de X se apresentarmos uma propriedade que qualquer objecto tem de ter para ser X. Por exemplo, se dissermos que uma mãe é alguém que já teve filhos, estamos apenas a referir uma condição necessária para alguém ser mãe (de facto ninguém pode ser mãe se não tiver tido pelo menos um filho); só que isso não é suficiente, pois há pessoas que já tiveram filhos, como é o caso dos homens com filhos, e que não são mães. A condição necessária aplica-se a todas as mães, mas não tem de se aplicar só às mães. Temos, pois, de definir “mãe” de tal maneira que a definição inclua as mães e só as mães, o que se faz indicando a condição suficiente. Uma condição suficiente de X é uma característica tal que se um qualquer objecto a possui, então esse objecto é X. Isso indica-nos que se trata de uma característica de X e apenas de X. A condição suficiente de X não nos garante, pois, a inclusão de tudo o que queremos incluir na definição de X. Para dar um exemplo, é condição suficiente viver no Algarve para viver em Portugal, embora essa não seja uma condição necessária. Afinal de contas, as pessoas que vivem no Minho também vivem em Portugal. Voltando ao meu primeiro exemplo, se quisermos dar uma definição explícita de “mãe” teremos de dizer qualquer coisa como isto: “alguém é uma mãe se, e somente se, é do sexo feminino e já teve filhos”. Ser do sexo feminino e ter tido filhos são em conjunto propriedades suficientes para alguém ser mãe; mas cada uma delas em separado é apenas condição necessária.
Já numa definição implícita não temos de oferecer as condições necessárias e suficientes de um conceito. Exigir, por exemplo, as condições necessárias e suficientes do conceito de azul, é fazer uma exigência que não pode ser satisfeita. Penso que o mesmo acontece também com o conceito de filosofia. Daí o embaraço do professor de filosofia quando o aluno lhe pede que defina a disciplina que lecciona. Significa isso que não podemos definir tais conceitos? Se estivermos a pensar numa definição explícita, é claro que não. Mas é perfeitamente possível dar uma definição implícita, que é o que fazemos com as crianças quando lhes queremos ensinar as cores (e com os alunos quando nos perguntam o que é a filosofia) e o que provavelmente teríamos de fazer se nos aparecesse por aí algum extraterrestre interessado em compreender o que dizemos. Assim, para dar uma definição de X, usamos esse conceito em situações diferentes de tal modo que, ao fazê-lo, estamos a exemplificar as propriedades dos objectos que com X queremos identificar. Diríamos, então, ao extraterrestre que o céu (poderíamos até apontar) é azul, que o mar é azul, que as camisolas do Belenenses são azuis, e por aí em diante.
Definições e caracterizações
Mas acontece, ainda assim, que muitas das nossas definições implícitas nos deixam insatisfeitos. Precisamos de saber algo mais acerca dos conceitos definidos. Algo que seja relevante para a compreensão do conceito e que nos informe acerca das propriedades mais importantes dos objectos que fazem parte da sua extensão. Para isso é que servem as caracterizações, isto é, a apresentação das principais características daquilo que os conceitos referem. No caso da filosofia, o professor pode apontar exemplos de problemas, teorias e argumentos filosóficos. Estará assim a dar uma definição implícita de filosofia. Mas pode e deve ir mais longe, fazendo acompanhar a sua definição de uma caracterização. Nesse sentido, poderá referir o que distingue os problemas filosóficos dos problemas científicos e religiosos; as teorias filosóficas das teorias científicas, religiosas e artísticas, etc. É claro que tal caracterização nunca irá ser exaustiva nem pacífica, mas, concordemos ou não com ela, sempre clarifica aquilo que se tem em mente quando se usa tal conceito.
Aires Almeida
http://criticanarede.com/fil_tresteoriasdaarte.html
A definição dos conceitos – Regras da definição
Definir um conceito é, de acordo com a natureza formal dos conceitos, clarificar e distinguir com rigor a sua compreensão, de forma a que se possa delimitar com exactidão a sua extensão. Assim, ao definirmos um conceito, devemos centrar-nos na análise da sua compreensão, porque é quanto à compreensão que os conceitos se distinguem uns dos outros ( dois conceitos diferentes podem ter uma extensão equivalente ). E se atendermos ao conteúdo da regra RC1, a explicitação da compreensão de um conceito é suficiente para podermos conhecer a sua extensão.
Quanto melhor definidos os conceitos forem, mais rigorosos serão os nossos enunciados. Logo, a definição assume uma importância fulcral no que diz respeito aos saberes racionais, principalmente no domínio das ciências ( se bem que a sua importância também seja primordial em filosofia ). Por isso, é importante que aprendamos a definir correctamente os conceitos que empregamos. Para tal, necessitamos de seguir um pequeno conjunto de regras, que se referem à estrutura formal da definição dos conceitos. Uma definição que viole qualquer dessas regras é formalmente inválida, não podendo ser aceite como uma definição adequada do conceito a definir.
As regras que indicamos a seguir, são as regras gerais da definição. Cada área do saber racional, para além de seguir essas regras gerais, pode seguir regras específicas, que devem ser estabelecidas no âmbito de cada disciplina, não pertencendo, por isso, ao campo da Lógica. Daí que as definições em Matemática obedeçam, para além das regras gerais da definição, a regras específicas da Matemática, o mesmo acontecendo com cada uma das ciências, de acordo com os seus métodos de investigação e do seu objecto de estudo.
O princípio dos indefiníveis – Não podem definir-se quer os conceitos singulares, quer os conceitos mais gerais ( Ser, etc. );
no primeiro caso, devido à impossibilidade de delimitar a compreensão dos
conceitos singulares; no segundo caso, devido à impossibilidade de delimitar a
extensão dos conceitos mais gerais.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
O Conceito
O pensamento desenvolve-se de acordo com três actos fundamentais do nosso espírito: a conceptualização (ou generalização representativa), o juízo e o raciocínio. A Lógica formal não se preocupa em saber quais as faculdades da mente que estão na base destes
três tipos de operações mentais, isso é uma tarefa para a Psicologia e para a Gnosiologia. O que lhe interessa é conhecer as suas características formais e estabelecer normas que permitam a sua correta articulação formal.
Conceptualizar significa criar uma representação mental de uma classe de objetos ou elementos da realidade externa ou interna. De uma forma mais rigorosa, podemos afirmar que na conceptualização estão envolvidos dois atos da mente: em primeiro lugar, a apreensão das características distintivas presentes num número significativo de elementos de uma classe de objetos pertencentes à realidade, seguida da generalização dessas características, incluindo-as numa representação abstrata das características comuns a todos os elementos dessa classe de objetos.
Assim, podemos definir o conceito como: a representação abstrata da essência (natureza) de uma classe de objetos. Por exemplo, o enunciado ‘o homem é um animal racional’, é a definição do conceito de ‘homem’, porque apresenta as características essenciais da classe dos homens: estas características estão presentes em todos os indivíduos humanos. Mas atenção: o que interessa à Lógica não são as realidades a que os conceitos se referem, mas as propriedades formais dos conceitos, e estas são duas: a
extensão e a compreensão.
TEXTO
“Os homens inventaram os conceitos para descrever o mundo que os rodeia. Muito cedo o homem descobriu que certos objetos, acontecimentos, processos e regiões possuíam características semelhantes. Então, agrupou os vários fenómenos em termos das semelhanças descobertas à base de tamanho, peso, localização no tempo e espaço, proveniência, função, etc. Os conceitos vão desde ideias sobre coisas muito simples até às abstrações de alto nível, bastante distanciadas do nível dos objetos concretos.
O pensamento, o progresso e o desenvolvimento em todos os domínios da atividade humana dependem da exatidão dos nossos conceitos.
Os homens inventaram também símbolos para exprimir o significado dos conceitos. Os símbolos primitivos relacionavam-se de perto com os objetos originais, tais como os desenhos das cavernas, a primitiva escrita pictórica, os hieróglifos. Os modernos sistemas de linguagem vão desde o relativamente simples ao bastante complexo. O uso extensivo de símbolos é uma característica predominante das modernas culturas.
Os conceitos e os símbolos servem para a comunicação, mas são também vitais para o raciocínio e para a descoberta de novas relações. Não podemos pensar bem em qualquer campo de conhecimento sem conhecermos os conceitos sistemáticos em que esse campo assenta. Os níveis avançados em qualquer disciplina baseiam-se em conceitos complexos, especializados e muitas vezes difíceis de compreender.”
Burton, Kimbal e Wing, Anatomia do pensamento, p. 238-239.
A Extensão e a Compreensão do Conceito
Designa-se extensão de um conceito, o conjunto de indivíduos (entidades/objectos) a que o conceito se refere. A maior ou menor extensão de um conceito corresponde ao seu maior ou menor grau de generalidade ou à sua maior ou menor proximidade à singularidade. Assim, atendendo à sua extensão, os conceitos podem ser singulares, particulares, ou universais.
Os conceitos singulares, são aqueles que se referem apenas a um indivíduo. Por exemplo:
• ‘Este homem’
• ‘Maria’.
• ‘O meu cão’.
• ‘Aquele autocarro’.
Os conceitos particulares, são aqueles que se referem a parte de uma classe de objectos:
• ‘Alguns homens’.
• ‘Alguns animais’.
• ‘A maioria dos automobilistas’.
• ‘Certas canetas’.
Os conceitos universais, são aqueles que se referem a todos os membros de uma classe de objectos:
• ‘Todos os homens’.
• ‘Os animais’.
• ‘Todos os cães’.
• ‘Todos os veículos’.
três tipos de operações mentais, isso é uma tarefa para a Psicologia e para a Gnosiologia. O que lhe interessa é conhecer as suas características formais e estabelecer normas que permitam a sua correta articulação formal.
Conceptualizar significa criar uma representação mental de uma classe de objetos ou elementos da realidade externa ou interna. De uma forma mais rigorosa, podemos afirmar que na conceptualização estão envolvidos dois atos da mente: em primeiro lugar, a apreensão das características distintivas presentes num número significativo de elementos de uma classe de objetos pertencentes à realidade, seguida da generalização dessas características, incluindo-as numa representação abstrata das características comuns a todos os elementos dessa classe de objetos.
Assim, podemos definir o conceito como: a representação abstrata da essência (natureza) de uma classe de objetos. Por exemplo, o enunciado ‘o homem é um animal racional’, é a definição do conceito de ‘homem’, porque apresenta as características essenciais da classe dos homens: estas características estão presentes em todos os indivíduos humanos. Mas atenção: o que interessa à Lógica não são as realidades a que os conceitos se referem, mas as propriedades formais dos conceitos, e estas são duas: a
extensão e a compreensão.
TEXTO
“Os homens inventaram os conceitos para descrever o mundo que os rodeia. Muito cedo o homem descobriu que certos objetos, acontecimentos, processos e regiões possuíam características semelhantes. Então, agrupou os vários fenómenos em termos das semelhanças descobertas à base de tamanho, peso, localização no tempo e espaço, proveniência, função, etc. Os conceitos vão desde ideias sobre coisas muito simples até às abstrações de alto nível, bastante distanciadas do nível dos objetos concretos.
O pensamento, o progresso e o desenvolvimento em todos os domínios da atividade humana dependem da exatidão dos nossos conceitos.
Os homens inventaram também símbolos para exprimir o significado dos conceitos. Os símbolos primitivos relacionavam-se de perto com os objetos originais, tais como os desenhos das cavernas, a primitiva escrita pictórica, os hieróglifos. Os modernos sistemas de linguagem vão desde o relativamente simples ao bastante complexo. O uso extensivo de símbolos é uma característica predominante das modernas culturas.
Os conceitos e os símbolos servem para a comunicação, mas são também vitais para o raciocínio e para a descoberta de novas relações. Não podemos pensar bem em qualquer campo de conhecimento sem conhecermos os conceitos sistemáticos em que esse campo assenta. Os níveis avançados em qualquer disciplina baseiam-se em conceitos complexos, especializados e muitas vezes difíceis de compreender.”
Burton, Kimbal e Wing, Anatomia do pensamento, p. 238-239.
A Extensão e a Compreensão do Conceito
Designa-se extensão de um conceito, o conjunto de indivíduos (entidades/objectos) a que o conceito se refere. A maior ou menor extensão de um conceito corresponde ao seu maior ou menor grau de generalidade ou à sua maior ou menor proximidade à singularidade. Assim, atendendo à sua extensão, os conceitos podem ser singulares, particulares, ou universais.
Os conceitos singulares, são aqueles que se referem apenas a um indivíduo. Por exemplo:
• ‘Este homem’
• ‘Maria’.
• ‘O meu cão’.
• ‘Aquele autocarro’.
Os conceitos particulares, são aqueles que se referem a parte de uma classe de objectos:
• ‘Alguns homens’.
• ‘Alguns animais’.
• ‘A maioria dos automobilistas’.
• ‘Certas canetas’.
Os conceitos universais, são aqueles que se referem a todos os membros de uma classe de objectos:
• ‘Todos os homens’.
• ‘Os animais’.
• ‘Todos os cães’.
• ‘Todos os veículos’.
Designa-se compreensão de um conceito, o conjunto de características (dos objectos por ele denotadas) que nele estão representadas. Assim a compreensão do conceito de ‘Homem’, corresponde às características específicas ou essenciais da classe dos homens, ou seja, simplificando, às características comuns a todos os homens.
Podemos então enunciar a regra da relação entre a compreensão e da extensão dos conceitos (RC1):
Regra RC1 – À medida que a extensão de um conceito cresce, a sua compreensão decresce, e inversamente.
Podemos então enunciar a regra da relação entre a compreensão e da extensão dos conceitos (RC1):
Regra RC1 – À medida que a extensão de um conceito cresce, a sua compreensão decresce, e inversamente.
_____________
Os atos do pensamento e a sua expressão lógica
Devemos esclarecer a distinção lógica entre os actos do pensamento e a sua
expressão em termos de linguagem formal: no caso do conceito, este é expresso
na linguagem natural através da palavra. Como a Lógica se deve afastar o
mais possível da ambiguidade polissémica da linguagem natural, o conceito
é expresso através do termo.
Assim, o termo corresponde à designação lógica do símbolo, ou conjunto de símbolos, que se convencionou utilizar para expressar um conceito. De igual modo, a expressão lógica de um juízo designa-se proposição, enquanto que a expressão lógica de um raciocínio tem a designação lógica de argumento. Por razões práticas, daqui para a frente poderemos referir-nos quer aos conceitos, juízos e raciocínios, quer aos termos, proposições e argumentos, ficando estabelecido que, do ponto de vista prático, é indiferente utilizarmos um ou outro tipo de designação.
Para que se compreenda esta correspondência, consulte-se o seguinte quadro:
Assim, o termo corresponde à designação lógica do símbolo, ou conjunto de símbolos, que se convencionou utilizar para expressar um conceito. De igual modo, a expressão lógica de um juízo designa-se proposição, enquanto que a expressão lógica de um raciocínio tem a designação lógica de argumento. Por razões práticas, daqui para a frente poderemos referir-nos quer aos conceitos, juízos e raciocínios, quer aos termos, proposições e argumentos, ficando estabelecido que, do ponto de vista prático, é indiferente utilizarmos um ou outro tipo de designação.
Para que se compreenda esta correspondência, consulte-se o seguinte quadro:
_________________
Actividades:
1. O que são e para que servem os conceitos? Justifique.
2. Poderia existir o pensamento sem conceitos? Porquê?
3. Distinga a extensão e a compreensão dos conceitos.
_____________
Subscrever:
Mensagens (Atom)