Podes fazer o download da ficha e processá-la no computador (podes redimensionar as caixas de texto e as tabelas):
Ficha Formativa 1
Muito importante: se realizares a ficha em formato digital, podes enviá-la para o seguinte endereço de correio eletrónico: espanto.info@gmail.com - Até às 23:59h do dia da entrega (o dia da última aula antes do teste).
Materiais necessários à realização da ficha:
Como descobrir os pressupostos das nossas opiniões
Noções básicas de lógica para o 10º ano
Para procurar as definições dos conceitos:
Dicionário de Filosofia
Ficha- exemplo:
Analisa esta ficha para saberes como responder à ficha formativa 1
1.
Descobre
os pressupostos da seguinte tese:
A.
“Os
seres humanos são criadores do seu destino”.
____________________
1.
Os seres humanos têm um destino.
2.
Existem seres que são capazes de criar o seu
destino.
3.
Os seres humanos são criadores do seu destino.
4.
Os seres humanos são os únicos criadores do seu
destino.
5.
Os seres humanos possuem liberdade
(livre-arbítrio).
6.
Os seres humanos usam a sua liberdade para
criarem o seu destino.
-->
7.
O livre-arbítrio permite aos seres humanos a
tomada de decisões sobre o seu destino.
_____________________
1.1. Faz uma lista dos conceitos presentes na
tese e dos seus pressupostos e procura uma definição clara e rigorosa para cada
um dos conceitos:
Conceitos
|
Definição
|
Ser humano
Destino
Criador
Liberdade
Livre-arbítrio
|
“O homem
é um animal racional – esta é a definição de homem que Aristóteles deu na
antiguidade. A racionalidade pressupõe a capacidade de fazer escolhas e de
tomar decisões (liberdade/livre-arbítrio).
O
destino é o sentido da existência de algo (neste caso, do ser humano). Tem um
destino é ter uma consciência com sentido (com significado/coerência).
Um criador
é um ser que tem a capacidade de idealizar algo (projetar) e de realizá-lo.
Também se pode assumir um criador como alguém que dá sentido a algo.
“[...]
pode ser entendida em dois sentidos. A liberdade negativa consiste na
ausência de coerção. Neste sentido, um indivíduo é livre desde que ninguém o
force a agir ou o proíba de agir de certa maneira. A liberdade positiva
consiste num controlo efetivo da própria vida. Um alcoólico, por exemplo, tem
liberdade negativa caso ninguém o obrigue a beber, mas ainda assim não tem
liberdade positiva.” Dicionário Escolar
de Filosofia.
O
livre-arbítrio é a nossa capacidade de fazermos escolhas e tomarmos decisões.
É uma das dimensões da liberdade: se somos livres podemos fazer escolhas,
podemos decidir o curso da nossa ação.
|
-->
1.2. Com base na tese e nos seus pressupostos, coloca o máximo
de questões filosóficas que conseguires (deves ter em conta as definições dos
conceitos).
______________________
1.
Os seres humanos têm um destino?
2.
O que é destino?
3.
O destino dos seres humanos depende de si mesmos
ou de algo de exterior?
3.1. Os seres humanos são
criadores do seu destino?
3.2. Os seres humanos são os únicos
criadores do seu destino?
4. Os seres humanos possuem
liberdade (livre-arbítrio)?
5. Os seres humanos usam a
liberdade para criarem o seu destino?
6. Há fatores (não dependentes da
liberdade) que condicionam a criação do destino?
7. O livre-arbítrio permite aos
seres humanos a tomada de decisões sobre o seu destino?
______________________________
1.1. Escolhe a questão que te pareça mais
importante e elabora um argumento forte com quatro premissas que
responda a essa questão.
Os seres racionais têm a capacidade de avaliar e de fazer
escolhas (livre-arbítrio)
Os seres
racionais agem de acordo com as suas decisões
Fazer
escolhas e agir de acordo com elas é ser livre
Os seres humanos são seres racionais
_______________________________________________________________________
Logo, os seres humanos
possuem liberdade
Texto 1
“Apenas
atribuímos liberdade aos seres conscientes.
Se, por
exemplo, alguém construir um robô que cremos ser completamente inconsciente, nunca
sentiríamos qualquer inclinação a dizer que ele é livre. Mesmo se achássemos o
seu comportamento aleatório e impredizível, não diríamos que atua livremente no
sentido em que pensamos a nós mesmos como agindo livremente. Se, por outro
lado, alguém construir um robô acerca do qual nos convencemos de que tem
consciência, tal como nós temos, então seria pelo menos uma questão aberta de
se este robô tinha liberdade da vontade ou não.” John Searle
http://filosofarliberta.blogspot.pt/2012/04/teste-intermedio-argumentacao.html
2. Identifica o problema central do texto:
___________________________
O que é necessário para um ser poder ser considerado como
livre?
_______________________________
2.1. Identifica a tese central do
texto:
____________________________
Só atribuímos a liberdade a seres conscientes.
________________________________
____________________________
1.
É possível que existam seres livres.
2.
Existem seres conscientes.
3.
Os seres livres têm que ser conscientes.
4.
Um ser consciente pode ter liberdade.
5.
Os seres inconscientes não podem ser livres.
______________________________
2.3. Faz uma lista dos conceitos presentes na
tese e dos seus pressupostos e procura uma definição clara e rigorosa para cada
um dos conceitos:
Conceitos
|
Definição
|
Consciência
Liberdade
|
“Consciência
é o termo que significa conhecimento, percepção[...]. Também pode revelar a
noção dos estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a sua existência.
Por esse motivo se costuma dizer que quem está desmaiado ou em coma está
inconsciente.
A
consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever,
pois é a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que
essas ações são executadas. A consciência pode ser relativa a uma
experiência, problemas, experiências ou situações. Por exemplo: Ele estava
completamente viciado, mas não tinha consciência disso.”
Ver o quadro
da resposta à questão 1.1.
|
--> -->
2.4. Identifica o argumento que sustenta a
tese central do texto e apresenta-o de forma a que se se possa visualizar as
premissas e a conclusão:
Não consideramos como livres os seres completamente inconscientes
(como no exemplo do robô)
Não atribuímos a liberdade a seres completamente
inconscientes com um comportamento aleatório e impredizível
Em relação a um robô com uma consciência semelhante à nossa
poderíamos admitir a possibilidade de ser livre
______________________________________________________________________
Logo, só atribuímos a liberdade a seres conscientes
Este argumento tem três premissas e uma conclusão.
A conclusão é derivada das premissas: apesar da terceira
premissa não ser taxativa quanto à atribuição da liberdade a um robô com uma
consciência semelhante à nossa, as duas primeiras premissas permitem sustentar
a conclusão, uma vez que eliminam a hipótese de se poder atribuir a liberdade a
seres completamente inconscientes.
O argumento não viola os princípios lógicos (identidade,
não-contradição e terceiro excluído).
As premissas são verdadeiras, pelo menos se não alterarmos a
definição dos conceitos de consciência e de liberdade.
A conclusão não é falsa (está de acordo com os pressupostos
que sustentam a verdade das premissas).
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